Postado por

08
dez
2022

Dezembro chegou num piscar de olhos… E a gente sabe que depois que ele chega, quando a gente menos espera, o ano já acabou e o próximo ano já entrou com tudo. Dezembro sempre é um mês agitado, fechamento de ciclos, comemorações de fim de ano, correria para fazer o que ainda falta fazer, antes que o ano acabe… Dezembro com Copa do Mundo, então…

Para mim, dezembro sempre teve um ar meio nostálgico, mas, ao mesmo tempo, um ar esperançoso… Era um mês em que eu olhava de perto tudo o que já foi e preparava as coisas para receber o que estaria por vir. Era o tempo de arrumar os armários, as gavetas, as roupas, rever e guardar agenda e cadernos antigos, preparar agenda e cadernos novos… Pensando aqui, lembrei do forte sentimento presente no ritual de encapamento dos novos livros e cadernos de escola. Aquele misto de medo, ansiedade e excitação com a nova série que se iniciaria (sim, na minha época se dizia série – rs). Nostalgia e esperança do novo de mãos dadas.

Sempre foi assim para mim, mas tem sido cada vez menos assim. Acredito que as férias escolares ou de faculdade ajudam muito nesse processo, pois era graças a essa suspensão das atividades curriculares que eu me via em um processo quase que de “pausa para balanço”. Agora, nem nostalgia, nem expectativa. O mundo tem andado tão depressa e tem demandado tanto de nós, que eu não tenho conseguido achar espaço para me demorar nessa pausa prolongada… A pausa foi substituída por “avançar 4x” (ou mais rs). O mundo tem sido assim, mas, em especial, na reta final do ano. Pelo menos tem sido assim para mim.

Enquanto muitos ainda podem e se permitem desacelerar e/ou pausar, eu estou no modo “avançar mais rápido”. Muito provavelmente por conta do lugar onde trabalho, do aumento de volume de demandas e dos prazos curtos para encerramento de exercício. É preciso pegar um último fôlego para fechar tudo. É difícil se blindar da tensão que se instaura… E é impressionante como a gente tende a permanecer em voltagem mais alta quando uma das áreas da nossa vida exige isso. É como se o corpo se acostumasse com aquela adrenalina e a gente precisasse fazer um esforço para desacelerar ou parar (mesmo quando ou onde não precisa correr). Pra mim, dezembro tem sido assim… Sinto falta daquele misto de nostalgia e expectativa… Mas o pior é que nem consigo sentir a nostalgia dessa saudade… rs…

É preciso ter espaço e algum tempo para sentir. Quando a vida passa em alta velocidade a gente não consegue ver, ouvir ou sentir qualquer sensação, sentimento ou emoção. Sentir é presença e a vida em alta velocidade é ausência. No ritmo de alta velocidade há muito dever, muito fazer, muita resposta, muita produção, muito fora, mas pouco ser, pouco sentir, pouco criar e quase nada dentro. Achar momentos para reduzir, desacelerar e desopilar pode ser um movimento mais ativo do que imaginamos. Tem certos momentos em que parar é urgência de primeira prioridade… Mas, é dezembro! (brincadeirinha… rs)

E por aí? Como vocês sentem dezembro? É um mês de diminuir ou aumentar o ritmo?

IG: @florescendoconsciencia

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