Postado por

24
ago
2019

Criando a Terra que queremos

Súplica da Grande Mãe Terra

Já passou da hora de entendermos e reconhecermos que o nosso planeta Terra representa nossa Grande Mãe, que nos sustenta, nutre e acolhe do nascimento à morte. E, como tal, devemos honrá-la. Viemos dela, somos parte dela e retornaremos a ela. Tudo que somos devemos a tamanha dedicação e generosidade com que cuida de todos nós, filhos e moradores.

Honrar envolve respeito, reconhecimento, gratidão, zelo, preservação. Honrar é ser grato, retribuir e assistir quando se faz necessário, sempre que possível.

A Grande Mãe acolhe, nutre e doa tudo o que tem para fazer crescer toda forma de vida. É chegado o momento de parar de querer apenas tudo receber e de sugar doentia e exaustivamente seus recursos, sem qualquer retribuição.

 Sim, ela é próspera. Sim, ela é fértil. Sim, ela é abundante. Sim, ela é generosa e benevolente. Mas a ganância do homem é perigosa, assim como o consumo inconsciente da grande maioria de nós. Infelizmente… Há muito em nós que ainda precisa ser curado, que precisa ser visto, assumido, revisto, pensado e repensado. 

Precisamos parar de clamar por nós e cessar essa demanda infinita e devoradora, sair do papel exclusivo de recebedor, de filhos carentes que tudo sugam de seus criadores. Precisamos, nós, nos responsabilizar e ser força, sustento, alimento e saber assumir, também, o papel de doador, equilibrando os importantes polos dar/receber. Nós também somos férteis e abundantes. Nós também podemos e DEVEMOS cuidar!

Essa hora chegou faz tempo. Nossa mãe Terra há muito clama por nós. Ela também precisa de nosso acolhimento, de nossa nutrição e de nossos cuidados reparadores, tal qual um bebê gerado no ventre materno. 

Precisamos investir nela, olhá-la, resgatá-la e criar um planeta melhor e mais saudável em todos os sentidos. Precisamos gerar a Terra que queremos para nós e dedicar a ela nossos cuidados mais maternos e restauradores (e que fique claro que quando digo isso, não excluo os homens, pois eles também possuem a energia feminina do cuidar. Talvez neguem, não saibam, não queiram, mas têm).

Precisamos respeitá-la, defendê-la, protegê-la, preservá-la. Como podemos pensar no nosso futuro e no futuro daqueles que ainda virão se nosso abrigo está doente e morrendo? E, pior, sendo devastado e morto pelas suas próprias criaturas… 

Nossa existência depende da existência de nossa mãe Terra. Nossa saúde depende da saúde dela. Nosso futuro depende do futuro dela. E ela também depende de nós.

Somos interdependentes.

Não somos separados dela. 

Sobre a ilustração

Esse desenho foi feito pouco mais de 1 mês antes da postagem.

Na realidade, a imagem apenas veio na minha cabeça e eu logo fui seduzida e me arrisquei na tentativa de colocá-la no papel. Ainda sem entender muito bem o que ela significava exatamente, simplesmente fui fazendo. Porém, sabia que ela era cheia de simbolismos e sabia que não era à toa.

Na minha forma de ver, a Terra sendo gerada por um útero humano é muito significativo. Sai do lugar comum da Terra como Mãe geradora para nos mostrar que também somos capazes e responsáveis por gerar e nutrir esta mesma Terra.

O útero é feminino, mas precisa da semente (força do masculino) semeada em terra fértil para gerar a vida que cresce em seu interior. Todos nós, homens e mulheres somos responsáveis pela saúde de nosso planeta. E essa responsabilidade tem uma abrangência muito maior do que imaginamos.

A frase abaixo dá apenas um aperitivo da enorme abrangência de nosso compromisso, que inclui o ambiental, mas vai ainda além.

“Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e, esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta.” (autor desconhecido)

Apesar de toda inspiração visual, eu ainda não tinha conseguido, até então, transpô-las em palavras. Embora eu saiba que não há palavras que traduzam a profunda vastidão de uma imagem, sinto que é um momento apropriado para a súplica.

Na verdade, SEMPRE é um momento apropriado para clamar por nossa responsabilidade sobre aquela que nos abriga, nutre e acolhe.

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