Dia 1º de julho… Dia de me celebrar!

E eu me celebro! Hoje mais do que nunca…

Já houve tempo em que eu não gostava de aniversariar, ou pelo menos achava isso. Eu não gostava de comemorar, reunir pessoas, fazer festa e ficava com humor meio melancólico, sabe?

Hoje, com mais maturidade, vejo isso com outro olhar. Vejo que parte dessa melancolia era porque talvez eu mesma não entendesse muito bem a minha forma de ser e, embora não me forçasse a me encaixar nos padrões, ficava pulsando aquela sensação de desencaixe. Para mim, o dia do aniversário era um dia como outro qualquer.

“- Mas, como assim você não vai comemorar seu aniversário???”;

“Mas, como assim você não está mega animada no dia do seu aniversário???”;

“Mas, como assim você não vai fazer nada???”. 

E por isso me sentia estranha, como se tivesse algo errado ou fora do lugar em mim.

Mas, no fundo, essa data sempre foi uma oportunidade de muitas reflexões (como tudo na vida) e fui tentando entender essa relação. Fui experimentando novidades e até cheguei a ensaiar pequenas comemorações, que foram realmente momentos muito legais. Mas, será que esta é realmente a única forma possível de celebração?

Hoje, o que percebo é que tenho procurado cuidar dessa data que, sim, sinto especial e, sim, celebro. Porém, tenho procurado ser fiel a mim e aos meus anseios para o momento. Como boa canceriana que sou, eu gosto dos meus momentos sagrados de recolhimento e introspecção e essa talvez seja a melhor forma de celebrar e ritualizar meu aniversário. Para mim, é como se tudo pedisse isso… não só o modo canceriano (de sol e lua) de ser, mas até o próprio inverno, essa estação mais fria, que pede recolhimento e nutrição.

E pode ser que, por acaso, em algum aniversário eu esteja mais solar e expansiva e deseje comemorar para fora, com outros, sejam muitos ou poucos. E, se assim desejar, seguirei em frente, ao encontro desse desejo. Mas, se eu estiver na minha essência lunar e desejar apenas o aconchego de um lar e o recolhimento e introspecção dos meus sentidos, será isso que farei. Eu não preciso comemorar como me pedem ou esperam de mim, eu preciso comemorar como a minha alma me pede.

E, no contexto de uma sociedade que prega excitação, expansão e extroversão o tempo todo, é sempre importante lembrar que é, sim, possível e legitimo celebrar, comemorar, ritualizar de forma mais recolhida e introspectiva. Isso definitivamente não significa que a pessoa não gosta de comemorações, ou que é ou está desanimada, ou que não gosta ou não liga para a companhia de pessoas queridas. E não significa também isolamento total ou fuga das pessoas, pois continuo amando ser lembrada e celebrada pelas pessoas e continuo valorizando cada mensagem e ligação… Significa apenas uma forma diferente daquela socialmente esperada de comemorar. Nem melhor e nem pior…

Quando passei a entender e aceitar essa diferença em mim (que a maioria estranha e não entende), minha relação com o dia do meu aniversário se tornou outra e está cada vez mais especial! Neste ano reservei a manhã para um Day Spa, um momento de desconexão com o mundo lá fora e reconexão com o mundo aqui de dentro e foi muito maravilhoso, forte e potente. Recarregou minha bateria para adentrar este novo ciclo renovada e com a alma lavada. E de noite fui jantar com meu marido em um restaurante pertinho de casa que gosto.

O dia estava fechado e chuvoso, portanto, mais propício ainda para esse recolhimento. Em outros momentos talvez eu estivesse chateada com o dia “feio”, mas hoje eu entendo que é o dia que a vida me deu para aproveitar do jeitinho que gosto essa data. Pode ser que ano que vem ou nos próximos tudo mude… e tudo bem se mudar… HOJE eu desfrutei deste dia mais invernal com recolhimento, aconchego e nutrição.

1º de julho inesquecível (praticamente não fiz registros porque me preocupei em viver e sentir o momento… Fica registrado na memória e no coração – rsrsrs)…

Eu… 43…

Blog Florescendo Consciência… 5!!!!

Parabéns para nós!!!!!

Sala de espera para o meu Day Spa

Uma das salinhas de massagem