Postado por

20
out
2023

Eu não sei o que a vida quer de mim

Às vezes dá um medo que nem percebo…

Ou finjo que não vejo…

Ou minto, dizendo que não estou afim…

 

No meio de tantas buscas, ainda parece que nada sei

No caminho, já me perdi e já me encontrei

Quantos encontros e  desencontros!

Será que um dia nos sentimos prontos?

 

Já sofri por me esconder

Já me arrependi por me rebelar

Nem sempre é fácil se revelar…

Mas, em cada caminho, estou sempre a (me) questionar

 

Será que existe um caminho a seguir?

Uma rota traçada em um mapa carimbado?

Ou será que nada está marcado e destinado?

São tantas formas de existir…

 

Talvez o segredo esteja na própria caminhada…

Na potência e na beleza de cada passo que se dá

Sem pressa de chegar a algum destino aqui ou acolá

Em questão de aprendizado, não existe linha de chegada

 

As rotas possíveis são infinitas

As dificuldades e as distrações são muitas

Mas o caminho se faz ao caminhar

E tudo pode mudar!

 

Percebi que a dúvida crescia toda vez que buscava uma certeza

Passei a apreciar a beleza contida em cada incerteza

E aprendi que está em mim a fortaleza

E que sou forte quando assumo e aceito minha própria fraqueza

 

Percebi que a fonte não vem do outro

E que é em mim que devo primeiro confiar

Está em mim o mapa que leva ao meu próprio tesouro

E a alma é a bússola a me guiar

 

Eu não sei o que a vida quer de mim

E talvez nem eu saiba o que dela espero

Talvez ela espere apenas que a gente se permita ousar viver

Ou talvez ela queira viver em mim…

 

Existe resposta definida?

Talvez ela se defina (e se desfaça) a cada momento vivido

Mas a pergunta ronda no meu ouvido

E eu? O que EU quero da vida?

 

O caminho do caminhante

 

Sobre a arte

Colagem digital realizada para uma atividade do curso de pós graduação em Arteterapia.

A proposta era fazer uma colagem com músicas que, de alguma forma, fazem parte da sua biografia sonora.

Na imagem, um mundo imenso a ser vivido, pelo qual passa uma estrada coletiva marcada e definida que vai se desfazendo e se transformando em um caminho único e singular… Nele, a figura do tarô – o Louco – que se conecta com seu infinito particular para dar o próximo passo, na confiança e na fé de que o caminho se fará a cada passo, guiado por seu coração e a pequena grande bagagem que leva consigo.

Ao realizar a atividade senti muito fortemente duas cartas do tarô (mesmo não tendo qualquer intimidade com essa ferramenta): o mundo e o louco. Quando fui pesquisar sobre essas cartas descobri que se tratava da 1ª e da última carta do tarô. Certamente existe um motivo para isso que não compreendi racionalmente, apenas acolhi o insight e deixei comigo porque fez sentido em algum lugar de mim. Talvez algo como “tomar o mundo feito coca-cola” a partir das minhas vivências internas profundas, conectada ao louco que habita em mim e abre caminhos… (estou aberta a palpites e provocações! rsrsrs)

A estrada concreta de normas coletivas vai se tornando uma estrada fluida chamada VIDA. E, nessa estrada, o rádio relógio não mostra o tempo linear e cronológico… Mostra o tempo da viva vivida e o imperativo da vida: VIVA!!!!

 

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