Não me chame de parasita!
Não ganho às custas de prejuízo alheio
Não causo dano algum
Não há hospedeiro ou parasita
As relações que estabeleço são harmônicas
De mutualismo, de troca
Tudo o que conquistei foi com o suor de meu esforço
Meu serviço é limpo, honesto e de qualidade
Minha remuneração é digna e merecida
Em retribuição, ofereço o meu melhor
Eu estudo, me capacito e busco sempre me aprimorar
Exerço minhas atribuições com responsabilidade, zelo e dedicação
A estabilidade serve para me proteger contra arbitrariedades
Não me chame de parasita!
Há muito nossos direitos são esvaziados
Há muito já não gozamos de aumentos salariais
E, para simples correções monetárias, longas batalhas são necessárias
Não raro passamos anos sem recomposição salarial
Mas tudo a nossa volta reajusta
E nosso poder aquisitivo é corroído
Não me chame de parasita!
Mereço o devido respeito!
Eu recuso o estigma que mancha e fere minha categoria
Digo com convicção e “boca cheia”:
Não faço jus a nenhum dos rótulos conferidos ao servidor público!
Entristece tamanha injustiça e generalização
Não nos conhecem de verdade
Mas, ainda assim, muitos acusam, culpam e atacam
Seja sociedade ou agentes políticos de poder
Não importa quem está no poder!
Não aceito é ser taxada como preguiçosa, vagabunda, sanguessuga…
Parasita!
Não! Não sou eu a parasita!
Estes que perseguem e difamam o servidor público
Sequer olham para o próprio umbigo
Gozam de incontáveis e onerosas regalias
Mas jamais são atingidos
Auxílio paletó… auxílio moradia ou imóvel funcional… carros oficiais e motoristas à disposição… (generosa) cota para exercício de atividade parlamentar (ceap)…
Estes sim, estão a serviço do Estado
Mas querem mesmo é reduzi-lo a pó
Então, me diga, quem é o parasita?
Não! Não sou eu a parasita!
Eu não ganho às custas de prejuízo alheio.
A quem interessa o enfraquecimento das Instituições Públicas?
Quem se beneficia com a precarização do serviço público?
Com certeza não sou eu, nem você
E muito menos a população!
Essa, certamente, é a mais prejudicada
Não sou eu a parasita!
Não me alimento do enfraquecimento de outrem
Não ganho às custas de pobreza alheia
Nem às custas de endividamento alheio
Definitivamente, não sou eu a parasita!
E não quero pedido (falso) de desculpa
Eu quero aquilo que me cabe
Respeito e dignidade!
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