Postado por

12
fev
2020

Não me chame de parasita!

Não ganho às custas de prejuízo alheio

Não causo dano algum

Não há hospedeiro ou parasita

As relações que estabeleço são harmônicas

De mutualismo, de troca

Tudo o que conquistei foi com o suor de meu esforço

Meu serviço é limpo, honesto e de qualidade

Minha remuneração é digna e merecida

Em retribuição, ofereço o meu melhor 

Eu estudo, me capacito e busco sempre me aprimorar

Exerço minhas atribuições com responsabilidade, zelo e dedicação

A estabilidade serve para me proteger contra arbitrariedades 

 

Não me chame de parasita!

Há muito nossos direitos são esvaziados

Há muito já não gozamos de aumentos salariais

E, para simples correções monetárias, longas batalhas são necessárias

Não raro passamos anos sem recomposição salarial

Mas tudo a nossa volta reajusta

E nosso poder aquisitivo é corroído

 

Não me chame de parasita!

Mereço o devido respeito!

Eu recuso o estigma que mancha e fere minha categoria

Digo com convicção e “boca cheia”: 

Não faço jus a nenhum dos rótulos conferidos ao servidor público!

Entristece tamanha injustiça e generalização

Não nos conhecem de verdade

Mas, ainda assim, muitos acusam, culpam e atacam

Seja sociedade ou agentes políticos de poder

Não importa quem está no poder!

Não aceito é ser taxada como preguiçosa, vagabunda, sanguessuga…

Parasita!

 

Não! Não sou eu a parasita!

Estes que perseguem e difamam o servidor público 

Sequer olham para o próprio umbigo

Gozam de incontáveis e onerosas regalias 

Mas jamais são atingidos

Auxílio paletó… auxílio moradia ou imóvel funcional… carros oficiais e motoristas à disposição… (generosa) cota para exercício de atividade parlamentar (ceap)… 

Estes sim, estão a serviço do Estado 

Mas querem mesmo é reduzi-lo a pó

Então, me diga, quem é o parasita?

 

Não! Não sou eu a parasita!

Eu não ganho às custas de prejuízo alheio.

A quem interessa o enfraquecimento das Instituições Públicas?

Quem se beneficia com a precarização do serviço público?

Com certeza não sou eu, nem você

E muito menos a população!

Essa, certamente, é a mais prejudicada

 

Não sou eu a parasita!

Não me alimento do enfraquecimento de outrem

Não ganho às custas de pobreza alheia

Nem às custas de endividamento alheio 

Definitivamente, não sou eu a parasita!

E não quero pedido (falso) de desculpa

Eu quero aquilo que me cabe

Respeito e dignidade! 

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