Desde menina ela já namorava os astros
Desde cedo já os conhecia
Buscava desvendar mistérios tão vastos
Mas da sua força, ela ainda não sabia
A todos ela sempre perguntava
“Qual o horário do seu nascimento?”
E o mistério alheio ela desvendava
Transbordando sentimento
Mas de seu próprio horário não tinha conhecimento
Estava sempre a buscar
Esse era seu maior tormento
Pois seu mapa não podia decifrar
Que grande ironia!
Por vezes desacreditava e dispersava
Como pode uma astróloga sem mapa como guia?
Ainda assim os astros ela estudava
Como foi sábio o Universo
Piscianas se atraem pelo invisível
Ela mergulhou fundo no mistério imerso
E no intangível da alma descobriu poder incrível
Descobriu que tudo estava em seu interior
Sua força e fé resgatou
Mostrou ao mundo o seu valor
E com seu mapa natal se conectou
Sobre o poema
Esse poema fiz em homenagem a uma grande amiga que sempre amou e estudou astrologia, mas não sabia a hora do seu nascimento. Isso era um problema porque sem esse dado ela não podia fazer seu próprio mapa.
Ela nasceu em uma cidadezinha de interior e não havia o registro do horário na certidão e, para piorar, o hospital em que nasceu já não existia mais. Imagine só o desespero?
Ela vivia perguntando os dados de nascimento de todo mundo para fazer o mapa e estudar. Talvez, para ela, esses sejam os dados mais importantes depois do nome da pessoa… Rsrs. Porém, o mapa dela era sempre um mistério… Ela só sabia que tinha nascido de manhã…
Depois de muito tempo estudando astrologia informalmente e quando tinha tempo, resolveu mergulhar nesse mundo e levar a sério o seu amor. Iniciou um curso e procurou profissionais para descobrir o seu horário de nascimento, acho que o nome disso é mapa retificado (não tenho certeza). E, finalmente, conseguiu fazer seu próprio mapa natal.
Após se entregar para aquilo que tanto a encantava, de corpo, mente, alma e coração, os caminhos se abriram em sua vida. Hoje estuda e trabalha com isso e sua vida ficou preenchida de amor e significado.
Quando a gente para de resistir, a vida abre caminhos. Ou melhor, a gente passa a ver os caminhos que a vida insistia em nos mostrar e a gente insistia em não ver. 🙂
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