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05
jul
2019

A rosa – que desafio…!

Amo flores e estava doida para começar a poder desenhá-las. Então, um belo dia, sem que eu tivesse pedido, o desafio foi lançado. Meu professor, como quem adivinha pensamentos,  colocou uma rosa (artificial) na mesa e solicitou que eu a reproduzisse.

Como 1ª reação eu pensava: “ai, que lindo! Vou fazer minha 1ª flor!

Fiquei derretida e animada com a ideia. Peguei o lápis, olhei a rosa, olhei o papel, tornei a olhar a rosa e pensei: “Como é que vou fazer isso? Não sei nem por onde começar…” Paralisei por alguns instantes, começou a me dar uma agonia, me sentia travada porque não tinha a mínima ideia de como faria aquilo. Não sabia se começava de fora para dentro, de dentro para fora ou de qualquer outro jeito. Pequeno desespero – rs.

Percebi, acalmei e simplesmente parei, dessa vez não para dar voz ao desespero, mas para de fato raciocinar sobre como colocar aquilo em prática. Tomei uma decisão, peguei o lápis e comecei. Coloquei-me em ação. Resolvi começar do centro para fora e fui!

Aos poucos o vazio foi sendo preenchido, as formas foram sendo construídas e o caos saiu da cabeça para o papel. Por muito tempo parecia que nada sairia dali e que ia ter um momento que eu não saberia mais qual seria o próximo passo. O vazio se tornou completa bagunça e muitas vezes duvidei que daria um jeito naquilo.

Persisti e segui agindo. Então, aos poucos, e em meio a muitas incertezas, o caos foi se organizando, tomando forma, se ordenando. A bagunça foi parecendo cada vez mais uma flor e eu fui ficando cada vez mais aliviada e, por fim, até surpresa e orgulhosa com o resultado.

Finalmente, esta flor foi capaz de me ensinar muitas coisas.

Sobre minha reação inicial diante de desafios, sobre a importância de agir e sair da inércia paralisante, sobre persistir e vencer as inúmeras resistência, incertezas e confusões que surgem no meio do caminho, sobre a importância de calar o desespero da mente e simplesmente trazer calma para deixar as coisas fluírem, sobre focar na ação sem se fixar demasiadamente no resultado final, sobre aceitar que qualquer processo tem seus altos e baixos e sobre amar o seu próprio processo.

E, claro, valorizar o resultado final porque só você sabe qual foi e como foi todo o seu percurso.

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2 Comentários

  • Pat
    16 julho, 2019

    Amei o texto e achei a flor linda. Que bom que o talento e a sensibilidade desde a infância estejam sendo ainda mais desenvolvidos agora! E que eu aprenda a tornar meus caos diários em flores! Amo você amiga linda!

    • Maria Fernanda
      19 julho, 2019

      Amiga, que emoção você por aqui! Obrigada!!!
      Todos nós temos a sabedoria de organizar nosso caos! Esse conhecimento está bem aí, dentro da flor que é seu coração!
      Te amo muitão!!!